
Cirurgia

Os efeitos de curto prazo da cirurgia — como sangramentos, reações adversas a medicamentos, ou dificuldades de cicatrização — provavelmente serão abordados pelo seu médico entre as informações que você recebe após a cirurgia, antes de ter alta. Outra complicação de curto e de longo prazo que pode ocorrer após a cirurgia é a infecção da ferida.
Ainda outros efeitos colaterais que a cirurgia pode ocasionar são: danos em nervos sensoriais, linfedema, e comprometimento estético. Danos aos nervos sensoriais causam dormência localizada, sensação de agulhadas, queimação ou dor intensa. Também podem ocorrer danos aos nervos motores, resultando em fraqueza ou paralisia. Em geral, se a área envolvida é pequena, os danos ao nervo podem melhorar ou desaparecer em cerca de 12 meses. No entanto, às vezes os sintomas neurológicos permanecem.
O linfedema é um acúmulo de fluido no tecido mole devido a um bloqueio, e aparece como um inchaço. Acontece após haver danos aos gânglios linfáticos ou após sua retirada, com a remoção cirúrgica desses canais que drenam o excesso de fluido do nosso sistema. Em pacientes que passaram por cirurgia extensa, o linfedema pode ocorrer em curto ou longo prazo. O terapeuta de linfedema ajuda nos cuidados com a pele: massagens, curativos, exercícios ou cinta de compressão. Esse tratamento é chamado de terapia de linfedema.
Radioterapia

Os efeitos colaterais da radiação são geralmente restritos à área que foi irradiada. Incluem irritação cutânea, alterações na cor da pele, e perda de cabelo na área tratada. Se o tratamento foi na área da cabeça ou pescoço, os efeitos colaterais podem incluir danos às glândulas salivares e aos dentes, alterações no paladar e dificuldades de deglutição. A fadiga é um efeito colateral comum da radiação, que geralmente se resolve com o tempo.
Também vale notar, entre os efeitos colaterais usuais, o aumento a longo prazo de novos cânceres de pele na área tratada com radiação.
O que acontece após o fim do tratamento?
Quando se declara que o tratamento inicial do carcinoma basocelular foi concluído, normalmente isso significa que não há evidências de CBC remanescente. Mas como o câncer pode retornar e como você tem predisposição ao câncer de pele, algumas etapas serão necessárias para manter a vigilância contra recidivas pelo resto da vida. Estima-se que entre 30% e 50% dos pacientes de carcinoma basocelular desenvolverão outro CBC no período de cinco anos após o tratamento. Também se corre o risco de desenvolver outros tipos de câncer de pele, como o melanoma e o de células escamosas.

Nos primeiros cinco anos após o término do tratamento é necessário fazer um exame completo da pele uma vez ao ano, pelo menos; e talvez com mais frequência, conforme a orientação do seu dermatologista. Os exames podem se tornar anuais a partir do sexto ano, pela vida toda. Dependendo da gravidade do CBC anterior, podem ser necessários exames de imagem.
Além dos exames clínicos, é importante realizar autoexames de pele. Quase metade das pessoas diagnosticadas com outros tipos de câncer de pele descobriram por conta própria uma mancha suspeita na pele. Você deve alertar seu dermatologista sobre qualquer ferida que não cicatrize ou que por outros motivos pareça suspeita.

Dermatologistas detêm conhecimento e habilidade especializados para identificar diversos problemas da pele que podem passar desapercebidos ao olhar leigo. Conseguem diferenciar entre lesões benignas e potencialmente malignas, usando técnicas de exame minuciosas como a biópsia ou a dermatoscopia.

Use proteção solar para evitar mais danos ao DNA nas células da sua pele. Proteja a pele da radiação UV prejudicial evitando a luz ultravioleta: buscando sombra, usando roupas que protegem o corpo, cobrindo a cabeça e usando protetor solar de amplo espectro, com FPS (fator de proteção solar) 30 ou maior. Nunca use dispositivos de bronzeamento artificial.