
Curetagem e eletrodissecação

Na curetagem e eletrodissecação, o profissional remove o câncer da pele com uma cureta, uma ferramenta afiada em forma de laço, e cauteriza o local imediatamente. Esta segunda etapa é a eletrodissecação, que evita o sangramento sem precisar de suturas, e remove pelo calor células cancerosas residuais. O local é então coberto com gaze e cicatriza com o tempo. Esse procedimento é eficaz para lesões superficiais como as do CBC de baixo risco. Mas não é adequado para tratar o CBC de alto risco, ou para áreas onde crescem pelos, devido à maior possibilidade de remoção inadequada do tumor e maior risco de disseminação.
Crioterapia

Essa técnica remove o CBC pulverizando nitrogênio líquido na área ou mantendo-a em contato com esse líquido congelante por 30 a 60 segundos. O processo pode ser repetido após uma pausa para descongelamento. O nitrogênio líquido fica a cerca de -196 °C, frio suficiente para danificar o tecido humano normal. Ele é usado para congelar e matar o tumor. Essa técnica rápida pode ser usada em vez da cirurgia para remover pequenos CBCs. Pacientes com CBCs pequenos, de baixo risco ou superficiais são elegíveis para crioterapia.
Radioterapia

A radioterapia é a aplicação concentrada de um feixe de energia sobre o tumor. A radiação intensa danifica as células cancerosas por dentro, levando à morte celular. Esse tipo de terapia é administrado por um especialista em radiação, em um hospital ou centro de tratamento, e pode durar seis semanas ou mais. O tratamento pode acontecer todo dia, ou de duas a quatro vezes por semana, dependendo do caso. Sendo a excisão cirúrgica geralmente a primeira opção de tratamento, a radioterapia pode ser prescrita aos pacientes de baixo risco, de alto risco ou de CBC avançado cujo caso não se qualifique para a cirurgia. Também pode ser realizada como tratamento adicional após a excisão de um CBC de alto risco ou avançado ou com doença residual persistente. Não é adequada para os indivíduos que herdam condições genéticas que os predispõem ao câncer de pele, porque a radiação em si pode causar câncer.
Terapia fotodinâmica

A terapia fotodinâmica combina remédios e luz para destruir as células tumorais. Na primeira parte dessa técnica, prescreve-se um medicamento que mais tarde sensibilizará as células cancerosas à luz. Essa droga pode ser o ácido 5-aminolevulínico, ou o porfímero sódico. Dentro de um ou dois dias, as células cancerosas absorvem a substância que as sensibiliza à luz. Então, foca-se uma luz com um determinado comprimento de onda de energia sobre o CBC. Esse processo cria radicais livres de oxigênio tóxicos dentro das células cancerosas, destruindo-as. Tumores superficiais (pequenos e não profundos) são ideais para essa terapia. A luz não consegue penetrar completamente em tumores profundos ou grandes, o que torna a terapia fotodinâmica inadequada para CBCs avançados ou de alto risco.
Medicações tópicas

Em pacientes com CBC de baixo risco ou superficial, ou quando um paciente tem vários CBCs na mesma região, dois medicamentos podem ser usados sobre a pele: 5-fluorouracil e imiquimod. Esses remédios tópicos também são alternativas para pacientes que não podem fazer cirurgia ou terapia de radiação.
O 5-fluorouracil tópico é um método não invasivo e não desfigurante de eliminação das células cancerosas da pele. A solução tópica é absorvida pelas células com câncer, que confundem o 5-fluorouracil com um dos metabólitos necessários para montar seu DNA. Ela também impede que a célula fabrique esses componentes de DNA necessários. As células cancerosas não conseguem usar o 5-fluorouracil para produzir DNA, e morrem da falta desse componente crítico.
O imiquimod é um medicamento que ativa o sistema imunológico. No tratamento do CBC, ele é prescrito como creme tópico. O uso do imiquimod resulta na morte das células cancerosas provocando a reação do sistema imunológico nos locais da pele onde ele é aplicado externamente. Deve-se fazer a aplicação várias vezes por semana por até seis semanas, dependendo do caso. Alguns usos duram mais. A pele pode reagir com sensação de coceira, queimação ou dor no local da aplicação.